sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Aconteceu comigo - A Facada

Atualmente, com a quantidade de meios de informação, cada vez mais nos defrontamos com casos de violência que beiram desde a estupidez até a premeditação extrema com requintes de crueldade. Porém eu fico ainda mais impressionado quando ela ocorre ali, praticamente dentro de casa, no quintal.

Eu estava esquentando a água pra tomar um verde, quando eu ouvi uma gritaria vindo da rua. Fui até a sala lentamente, sem me importar muito. Moro em uma região tipicamente movimentada principalmente, por volta das 19 horas.

Na sala encontrei a Borboletinha (Sra. Whalietric ou Sra. W.), meio assustada:
- Que foi? - eu disse.
- Eu ouvi um grito. - ela estava lívida.

Deixei o mate na mesa eu fui até a janela lateral da minha casa. Vi umas 3 pessoas olhando para frente do meu prédio. Fiquei levemente apreensivo e corri até a janela da frente. O mais estranho de tudo era que o barulho dos carros era alto e tudo acontecia como se eu assistisse um filme mudo. As bocas mexiam, mas eu só escutava os automóveis.

Lá presenciei uma cena que alguns diriam que é "de filme". Um homem de boné com uma faca na mão. Um outro encostado em um muro, acuado. O homem da faca parte pra cima do que está encostado no muro. E aí, qualquer pensamento "de filme" vai por água abaixo. Enquanto o da faca vai pra cima o outro se encolhe, tentando se proteger de alguma forma, claramente ineficaz.

A faca acerta o homem no muro na sua lateral esquerda.

Uma. Duas. Três vezes. Daqueles 3 que estavam olhando, pelo menos 2 parecem ir para cima do cara da faca. Ele aponta a faca na direção de um deles e depois de outro. Instintivamente, eles param. A faca pinga sangue na calçada. Eles levantam as mãos e se afastam. O agressor da faca saí caminhando olhando ao redor tranqüilamente. Seu rosto encoberto o tempo todo pelo boné, do ponto de vista que eu tinha.

Tudo isso deve ter levado uns 5 segundos. O homem esfaqueado parecia escorrer do muro. Aos poucos, ele foi deitando. A calça branca começou a tingir com um vermelho muito escuro, vívido. Seu rosto ao contrário, parecia estar abandonando a vida. Ocorreu uma certa correria. Uma das pessoas pegou o celular e começou a discar. Outro foi até o homem tentar reanimá-lo.

Nesse momento dei 2 passos cambaleantes para trás. Saí do quarto devagar. Fui até a sala. Peguei o telefone. A Sra. W. me interpela.
- Que que houve?
- Mataram um cara aqui embaixo... Não vai olhar.

Acabara de dar a senha para ela correr até a janela, com o mate em punho. Fiquei ali com o telefone na mão, desconcertado. A gente sempre acha que está pronto para tudo... mas não é bem assim. Eu não conseguia tirar da minha cabeça a imagem da calça, cada vez mais empapada de sangue. Do quarto, a Sra. W. gritou para chamar uma ambulância.

Retomei meu raciocínio e comecei a agir. Liguei para o SAMU. Chamei a polícia.

Acabamos acompanhando tudo dali de cima. Desde de a hora que eu ou o cara do celular ligou para a ambulância até o momento da chegada da mesma, decorreram exatos 45 minutos. O trabalho dos socorristas foi apenas jogar um fino pano azul sobre o corpo. Curiosos se alomeraram em frente ao prédio, com as mais diversas reações. Carros chegavam a parar no meio da rua. A entropia aumentando quase que espontâneamente.

Outra hora e finalmente chega a Brigada Militar. Mais 20 minutos, a Polícia Civil, junto com a perícia. Todo mundo se afastou nesse momento, com exceção de 2 das 3 pessoas que foram ameaçadas pelo agressor da faca. A perícia fez o "local" ali mesmo.

Outra hora e meia o caminhão do IML. O corpo é atirado numa espécie de leiteira e atirado outra vez dentro do caminhão.

Não fiquei olhando tudo isso. A Sra. W. com sua típica curiosidade, ficou mais tempo assistindo. Meu estômago pareceu embrulhar, mas logo depois passou. Continuamos tomando o mate. Não falamos mais sobre isso. Abracei forte minha esposa, com clara preocupação. Reforcei as típicas táticas de atenção para com ela, quando ela está na rua, chegando em casa, no ônibus, entre outros. Ela disse simplesmente "eu sei... eu sei...".

Nossa vida continua exatamente igual. Não fiquei sabendo quais fatos levaram ao crime. Não sei porque tudo aquilo aconteceu. Confesso que recentemente tenho pensado na fragilidade da nossa vida e na quantidade de agressividade que podemos despejar em outro ser humano. E logo depois, acabo esquecendo tudo. Porque a vida continua.

Nosso comerciais, por favor

Venho por meio desta agradecer de coração aos últimos comentários feitos no blog.

Confesso abertamente a quase todos que lêem meu blog que o mais gratificante e estimulador para que eu continue escrevendo são os comentários de vocês. Ainda mais quando eles vem cheios de detalhes, com uma opinião não só sobre o quanto o texto agradou, mas também quanto a sua parte técnica e "métrica".

Espero que a nossa parceiria continue. E pra deixar vocês curiosos:
- Eu e o amigo Veiby escrevemos um livro. Algumas pessoas já tiveram acesso ao manuscrito e estamos esperando a crítica. Estamos em busca de parceiros para possivelmente publicá-lo.
- Finalizamos um roteiro que é basicamente de minha autoria, mas com uma forte colaboração do amigo Veiby. Também estamos em busca de parceiros para ou produzir um curta-metragem ou uma HQ.

Candidatos a críticos e, principlamente parceiros, são extremamente bem vindos.

Mais uma vez obrigado por prestigiarem este blog e estou muito interessado em ouvir não só seus comentários mas também idéias para tornar o blog maior e mais interessante para todos.

Voltamos agora a nossa programação normal.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aconteceu comigo - O Cuspe

Eu lembro de um acontecimento bem inusitado que ocorreu quando eu ainda era um piá. Eu estava no intervalo da aula ("recreio"), correndo pelo pátio do colégio. Confesso que não era muito meu costume mas era um dia bom... Eu me sentia bem. Então, não mais que de repente, encontrei um colega que vou carinhosamente chamar de Mala.

O Mala era o típico... mala. Ele era estranho. Muito. Se movia de modo estranho. Parecia que tinha tido algum tipo de problema de nascença. Tinhas as pernas e os braços arqueados para dentro, as mãos meio bobas. Era estrábico, mas seus olhos era de um azul muito forte. Tinha a cabeça desproporcional em relação ao corpo e parecia que ela pendia de um lado para outro. Era um boneco de molas com a cabeça solta e os pés tortos.

Era esperado que um cara desses fosse recluso, ridicularizado, inibido ao extremo. Afinal, esse é o estereótipo. Era exatamente o contrário. Ele era chato, falador, azarava as guriazinhas, tirava onda com as professoras (não tinha professores na minha série), e ainda dava peteleco em todo mundo. Além dos clássicos: desenhar pintão na cadeira, botar tachinha, fazer zarabatana com Bic usando munição de papel e cuspe, entre outros. Cuspe. Pois é.

Neste dia em que eu estava na minha, correndo e jogando bola no pátio, o puto do Mala resolveu pegar no meu pé. Ele começou gritando coisas do tipo bichinha, fazendo aquelas riminhas bobas (dizendo que eu comia casca de ferida, por exemplo, algo altamente ofensivo naquela idade), chamando de pé torto, essas coisas.

O meu limite, que era muito maior naquela época, tinha sido finalmente atingido e resolvi encará-lo, já que ninguém fazia isso. Mandei ele calar a boca. Ele continuou. Mandei de novo. Ele continuou e acrescentou algo envolvendo pus e cocô. Eu mandei ele parar de novo agora com um empurrão. Ele revidou o empurrão com as mãos tortas e com ranho no nariz escorrendo e voltou a falar do pus. Quando eu fui empurrar de novo, veio o golpe fatal: uma bela cusparada na minha cara.

Muitos outros colegas assistiam tudo de camarote. Várias meninas, e o interesse por elas já começava a ser maior que brincar de Comandos em Ação. Uma guria olhou e gritou: ARGH, ele tá com um cuspe na cara! Todos que estavam por ali começaram a rir e apontar. Ele deu aquele sorriso débil e, naqueles poucos segundos que mais pareciam um eternidade, eu experimentei o gosto amargo da humilhação. Ele ficou lá... Sorrindo. Debochadamente.

Durante todo esse tempo o cuspe escorria pelo meu rosto. E, pra nojeira geral e irrestrita, um tanto caiu na minha boca. Dentro dela. Acho que essa foi a primeira vez que eu perdi a cabeça. Eu senti muita raiva. Uma raiva incontrolável. Eu limpei o cuspe como deu, esfregando a manga do meu abrigo 3 listras (procura na net mané!) no rosto tentando tirar o que podia.

No segundo seguinte o meu olhar se voltou pra ele. Eu adoraria saber o que ele viu. O sorriso saiu daquele rosto, adquirindo um ar de desespero. Ainda assim eu podia ouvir ele rindo, como se eu conseguisse ouvir só o som dele. Ele se virou e começou a correr, comigo logo atrás dele. No que ele virou, bateu com o rosto em uma árvore, mas conseguiu continuar correndo.

Ele correu pra dentro do prédio, tentando chegar até a sala de aula. Eu consegui acompanhá-lo, mas ele chegou antes e tentou fechar a porta. Eu me joguei contra a porta, e ele não conseguiu me impedir. A porta estava aberta e agora era só eu e ele.

Fui na direção dele. Ele me pedia pra parar. Me pedia desculpas, por favor. Aí, quando eu estava quase aceitando ele tentou me cuspir de novo. Dessa vez eu me esquivei rápido e o cuspe não pegou. Revidei com outra cusparada que pegou na mão e na roupa dele. Ele dizia: "Tá, já se cobrou. Parô. Parô.". Eu concordei: "Tá bom. Parô então.". Aí, ele se aproxima e me mete um tapa no rosto. O tapa foi ainda pior que o cuspe. Parecer ligar algo mais primitivo dentro de mim. Eu só queria ver o Mala sangrando. Era só o que eu pensava.

A coisa ficou feia. Revidei o tapa com um empurrão e um tapa no rosto dele. Ele tentou me acertar outro tapa, mas eu defendi com a mão. Segurei ele pelos cabelos e comecei a dar socos na barriga dele, até ele cair.

Nessa altura eu já não enxergava mais nada. Tudo que eu queria era que ele sofresse muito. Ele caiu no chão e aí eu comecei a chutar a barriga dele. Uma. Duas. Três vezes. Na quarta eu ía começar a pisar na cabeça dele. E eu estava com os meus Adidas preto de couro. Eu não pensava mais nada. E o pé estava no ar mirando a cabeça do Mala. Eu fui impedido por uma professora e um bando de alunos com os olhos arregalados.

Acabei no SOE. A tal orientadora me perguntou o que tinha me levado a fazer aquilo. Afinal, eu era um aluno exemplar. Eu contei pra ela. Ela ficou séria. Disse que mesmo assim eu não podia fazer isso. O Mala tinha problemas e eu devia relevar essas coisas que ele fazia. Perguntei se ela deixaria ele cuspir na cara dela. Ela me disse para sentar quieto na mesa e me deu 2 gibis para ler. Eu só sairia dali depois que ela quisesse.

Naquele dia muitas coisas ficaram claras para mim:
- Em primeiro lugar, você pode ser o maior filho da puta sacana, as pessoas sempre vão achar que você tem um problema e por algum motivo você ficou daquele jeito. No fundo, elas acham que você é sacana é legal.
- Em segundo, você pode ser um cara legal, estudioso e calmo, mas se você fizer algo desse tipo é culpa é sempre sua. Afinal, você é tão responsável que deve ser e agir como um "homenzinho". No fundo, as pessoas te acham sem graça. Um chato.
- Terceiro, a justiça e a moral são subjetivas... They are in the eye of the beholder.

Dia desses encontrei o Mala, no supermercado. Eu olhei e reparei que era ele só de olhar. Numa atitude infantil, desviei o olhar e me virei de costas. Não queria falar com ele. Sequer olhar pra ele. E era assim que esta história devia acabar.

Só que a realidade é estranha. Ele veio e me abraçou efusivamente. Fiz aquela cara de surpresa. Ele me perguntou da vida e como eu estava. Minha esposa me olhava sabendo que havia algo errado, pois eu estava branco. Ele me apresentou a noiva. Marcamos uma janta na casa dele. Trocamos telefone. Ele apontava para mim falando de como era meu fã no colégio. E que eu era o mais legal de todos os colegas pois eu conversava com ele. Ele não tinha mais aquele jeito estranho, apesar do andar ainda esquisito. Ele deu as costas e foi-se acenando de longe para mim.

Só falta agora decidir se cuspo na cara dele na entrada da casa dele e evito o jantar ou depois da sobremesa.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Do pó ao pó - Parte 2

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A parte 1 do conto Do Pó ao Pó pode ser lida na íntegra AQUI
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Aquele episódio marcou o fim da nossa infância. Sabíamos que não éramos mais os mesmos. Um ano após aquela desgraça aconteceu algo ainda mais terrível. Meus pais foram encontrados dilacerados. Seus corpos espalhados aos pedaços por todos os cantos. Eu ouvi a notícia ainda na casa de Mark. Saí então correndo, fugido da casa do Mark, no meio da noite. Meu coração parecia que ia pular numa mistura de choro e apreensão.

Quando cheguei, encontrei alguns homens entrando e saindo da casa. Um deles conduzia um velho carrinho de mão. Outro vomitava ao lado da entrada. Era um lar muito simples, sendo um pouco melhor que uma pequena choupana. Os homens pareciam absortos com outras coisas, enquanto eu, com meu tamanho diminuto, passei tranquilamente entre eles. Quando entrei na pequena casa de meus pais algo se remexeu no meu estômago, alcançando rapidamente a minha garganta.

Um cheiro nauseabundo exalava de dentro da casa. Fiquei firme e não vomitei. Escancarei a porta e me amaldiçoei por minha estupidez. Aquela não era mais a minha casa. Era apenas um departamento do inferno. Vi pedaços de membros fora dos seus lugares, retorcidos, saindo de lugares improváveis em um corpo que mais lembrava um monte de carne putrefata atirada ao chão. O teto estava manchado com uma mistura de sangue, fezes e bile, prováveis responsáveis pelo cheiro do local. Existiam símbolos estranhos pintados com sangue na parede, bem como figuras grotescas em situação de sodomia. Agora o inferno se apresentava para mim pela segunda vez

Dei alguns passos para trás e vomitei. Eu chorava e não conseguia mais reter meus líquidos estomacais. De repente fui arrastado dali. O choro compulsivo impedia que eu enxergasse o que ocorria. Acabei por desmaiar.

Acordei novamente na casa dos Hagen. Eu estava no quarto de Lily, deitado em sua cama. Seus lençóis tinha cheiro de margaridas e eu enxergava outras flores na sob a penteadeira. Lily estava do meu lado segurando um pano úmido sobre a minha testa:
– Oi Adi.... Você está melhor?
– Sim... Obrigado Lily.

O cheiro dela era doce. Seus cabelos longos tocavam minha face úmida pelas lágrimas. Ela segurava minha mão, enquanto seu corpo se debruçava sobre o meu. O tecido fino de sua camisola revelava formas que eu nunca tinha percebido antes. Senti uma espécie de comichão, algo diferente. Olhei para região dos meus quadris e percebi que meu corpo começou a agir, se mover, sem que eu quisesse. Fiquei assustado.
– Lily, eu quero ficar sozinho um pouco, tá?
– Calma, Adi.
– Por favor... Lily.

Ela me olhou, estranho. Eu nunca tinha dito “por favor” para Lily. Ela sabia que algo estava diferente. Me encolhi rapidamente tentando esconder minha primeira ereção e minha vergonha.
– Hum... Está bem. Vou chamar a Madame para ela ver como você está.
– Lily... Como eu vim parar aqui, em casa?

Lily ia começar a falar e de repente emudeceu. Ela fez uma cara estranha. Olhou para os lados. Parecia desorientada.
– Adi, eu não lembro. Estranho, não? Vou chamar a Madame.

Enquanto ela saía, eu me virei para janela do quarto.

Gritei. Havia uma sombra no vidro e os mesmos olhos de fogo que eu já tinha visto. Esfreguei os olhos e olhei novamente para janela. Não havia nada lá. Isso tudo era só o começo.

sábado, 19 de julho de 2008

BATMAN: The Dark Knight - A Crítica

Sem palavras. Ainda zureta pois saí faz pouco do cinema.

Impressionante. Incomparável.

Nolan inaugurou um novo jeito de super-heróis serem retratados no cinema.

Não dá pra falar nada.

Assistam. Assistam!

You are just a freak... Like me!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Puta que pariu! WATCHMEN IS ON!

YAY! Saiu o trailer do Watchmen! O filme mais aguardado pela comunidade nerd hardcore! Tava todo mundo se borrando... Aí... Bom... Dá uma bizoiada:

Watchmen - trailer 1

Caraca... Arrepiou até os pelinhos da nuca... Muito foda... Que ano para o nerds!!! Que ano!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

E agora Batman? - 3ª parte

Aí vai um compêndio de matérias do Batman feita pelo competente pessoal do Omelete:
- Especial Omelete: Batman

Uma das maiores campanhas virais de um filme na internet foi a de BTDK. Foram envolvidas pessoas e todo mundo, inclusive com pistas em São Paulo.

A Warner aposta muito alto em BTDK e pelo visto esse deve ser o caminho a seguir para os outros personagens da DC Comics, que são provavelmente ainda mais icônicos que os personagens da Marvel.

É esperar pra ver...

terça-feira, 15 de julho de 2008

E agora Batman? - 2ª Parte

Batman foi originalmente criado por Bob Kane, em 1938, tentando pegar carona no sucesso de Superman. Nos primeiros rascunhos, Batman tinha detalhes em vermelho, uma máscara bem simples, lembrando muito o Robin original (IACKS!), e algo como asas coladas aos braços. A contribuição maior foi de Bill Finger, que sugeriu a Kane que o Batman devia se parecer mais com um morcego do que com um homem tornando-omais diferente do Superman.

Finger inseriu luvas, uma capa que só parecia asas de morcego quando ele se "atirava" com elas, um capuz e pintou quase tudo de preto. Interessante perceber como o Batman de Finger é muito mais próximo do Batman atual!

Aliás, discute-se até hoje os problemas de co-autoria pelo Batman. Bob Kane foi o único que recebeu o crédito. Entretanto, Kane comentou que não sabe exatamente porque isso aconteceu. Finger nunca requisitou a co-autoria, e ele, Kane, nunca se prontifcou a lhe dar o crédito. Em 1974, quando Finger morreu, Kane diz que ele se sentiu muito mal pela situação mal resolvida.

Ao longo do tempo, poucas foram as modificações no Batman, principalmente no que diz espeito ao seu uniforme.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

E agora Batman?

Pois é... Eu não poderia escolher melhor momento para retornar aos escritos bloguísticos. O retorno acontece na abertura da Semana Batman. Afinal, que presente seria melhor do que esse? :P

Abro a Semana Batman no blog falando não do vindouro BTDK (Batman, The Dark Knight), que estréia dia 18 de julho (YAY!), mas de Batman Begins. Apesar de possuir o DVD duplo, ontem assisti a versão dublada no SBT. Masoquismo? Não. Só preguiça mesmo. E fiquei surpreso com a qualidade da dublagem. Como não existem personagens tão histriônicos, tais como o Coringa, a dublagem não prejudica tanto. Até a dublagem do Espantalho, vivido por Cylian Murphy, está bem caracterizado na voz brasileira.

Batman Begins é uma das adpatações mais adequadas de um filme de herói. Ela é calcada em possibilidaddes reais de um homem tornando-se um vigilante. Mas o mais interessante é a forma como o diretor Chris Nolan consegue transpor a forte história de vingança de um dos mais sombrios e pertubados heróis para as telas de cinema.

No filme é possível perceber o crescimento de Batman / Bruce Wayne de modo gradativo. A presença de Alfred, brilhantemente interpretado por Michael Caine, revela alguém mais que um mero tutor ou simples mordomo. Ele é alguém que tomou para si a responsabilidade de criar o filho do homem que admirou e serviu (nesta ordem) durante tanto tempo.

Durante o filme, vemos um Batman claramente se adaptando, cometendo erros, sendo um tanto impulsivo. Aos mais desavisados, este é o Batman da HQ Batman Ano Um, que mostra exatamente o começo do morcego em Gotham.

Finalmente, Nolan mostra que o Batman não consegue fazer tudo sozinho e precisa de aliados. O ainda Sargento Gordon (Gary Oldman) em atuação primorosa deixa bem claro que aceita o que o Batman faz, porque ele mesmo já não acredita mais no sistema. E Ra's Al Ghul? Ele morreu mesmo? Hehehehe.

A cena final esclarece ainda mais. O Tenente Gordon e o Batman começam a sua parceiria. O batsinal já está pronto. No telhado Gordon deixa claro que apesar de Batman ter derrotado um poderoso inimigo, os vilões não vão desistir tão fácil. E a escalada de violência e poder só vai aumentar "ainda mais com você pulando de telhado em telhado... Este outro aqui também adora uma teatricalidade... Deixou um cartão de visitas...". E eis que o cartão é nada mais que o sinal verde de BTDK. O Coringa chegou.

Nolan revela claramente, na pele do homem comum e honesto retratado por Gordon, que o Batman é um mal necessário a Gotham City. Alguém que tem a coragem de se erguer e dizer chega. Ou seria uma benção? Maldição? Quantos malucos e psicopatas ele ajudará a criar? Será que o que realmente o move é a vontade de fazer justiça ou vingar a morte dos pais? Afinal, quem ele sempre foi: Batman ou Bruce Wayne? A máscara certamente é a do homem e a realidade é o morcego. Mesmo assim, essas são as perguntas que ficam para serem respondidas em BTDK.

Assim está muito bem amarrada a história do novo Batman cinematográfico, deixando o terreno perfeitamente preparado para BTDK. Evidentemente, que o grau de exigência desta continuação cresceu. E cresceu muito. Batmaníacos de todo mundo aprovaram a campanha viral na internet, com proporções mundiais antes nunca vistas. E este é o problema de fazer algo tão bem acabado como o primeiro filme. Este deverá ser (TEM QUE SER) o Império Contra-Ataca de Nolan. Pelo menos é o que todos nós esperamos. E isso serve para mostrar que nem todo filme de heróis é só "massa véi". As respostas deverão chegar logo... Na estréia mundial de Batman o Cavaleiro das Trevas, dia 18/07.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O The Incrível Hulk

Bom eu ía fazer a retrospectiva Hulk aqui no site mas não carece...
Pois já tem bastante coisa online.

Seguem os links:

O Mundo contra o Hulk

No original World War Hulk (bem mais legal!). Muito material pra quem tá a fim de começar a ler os gibis do Verdão. Bola dentro da Panini.

Incrível Hulk - O Filme

Site foderoso do filme. Sem banda larga (2 MB pra fora) nem tenta. Muito foda. Deixa qualquer um pilhadão pra ver o filme.

Bom... FUJAM! CORRAM! FUJAM PRAS MONTANHAS! Ele está chegando... Dia 13/06.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Crítica: Ironman

Surpreso. Sim, foi exatamente assim que eu me senti. Eu confesso que não esperava nada demais desse filme. E não é que é divertido?

O filme surpreende exatamente naquilo que todos os outros pecaram: é divertido, sem ser totalmente estúpido. Quarteto Fantástico mostrava uma história pouca amarrada (os dois filmes) com os seus personagens idiotizados. Homem Aranha 3 passava tão rápido as cenas de ação que nada se enxergava, além da história ter mais furos que a história do Ronaldo e seus travecos... XMen3 aparece mutante de tudo que é lado e o Wolvie liderando... Errr... Dá calafrios!

Ironman é um filme consistente. Sua história é sim fraca e simples, mas consegue sustentar o filme plenamente, sem que a explicação tenha que se repetir a cada 5 minutos. O ritmo é rápido mas o tom de diversão está sempre no ar. Tem seus erros e exageros, alguns pequenos problemas de continuidade. E nessa altuar meu querido leitor deve estar se perguntando: "Ma que palhaço, gostô ou não do filme, porra?" SIM e gostei muito! Porque é divertido!

Em nenhum momento o fator diversão foi sonegado. Em nenhum momento o espectador foi tratado de modo a estar no jardim de infância. O filme consegue arrancar risos, apresenta momentos românticos, cenas que você sussurra "que ducaralho" e mostra um Tony Stark bem canalha, cafajeste e malandrão. Aquele cara que adoramos odiar. E está tudo lá para os fãs e nerds xiitas (eu) no filme: evolução das armaduras, mortes (sim, as pessoas morrem! Mas não não tem sangue jorrando), Jim Rhodes (muito bem no apoio no filme todo e em uma cena impagável!), Pepper (sim apesar de tudo Gwyneth Paltrow está bem e bonitinha!) e o Ironmonger (Jeff Bridges no estilo mais crássico da vilania) e a Superintendência... Você querido nerd sabe do que eu estou falando... Aliás, olho vivo pois o símbolo deles fica pipocando o tempo inteiro no filme! Cara, eu vi uma HQ nos cinemas! E era exatamente isso que todos queriam!

A Marvel acerta a mão com Ironman e sai numa boa com a recém fundada Marvel Studios. Nitidamente a preocupação era fazer algo sem exageros pirotécnicos mas bem consistente. Claramente, teve mão de roteirista de HQ na história aparando miuto bem todas as possíveis arestas. Recomendo a ida ao cinema.

Ah, tem uma cena no fim dos créditos que vale o filme inteiro!!! AAAAAHHHH!!! Marvel rules!!! Os próximos anos prometem!

Mas Batman: TDK ainda vai matar a pau. E muito.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ausência

Sei que ando meio ausente do blog. Muita coisa mesmo acontecendo. E fica difícil dar a atenção necessária ao blog.

Mas eu vim falar sobre outra coisa hoje. Há não mais que 20 minutos atrás e vi um atropelamento. Bastante brutal eu diria. Um carro passou por cima de um cão, daqueles com cara de labrador, mas bem vira-lata. É, eu estou tentando ser tocante sim. Só que foi real.

Eu estava esperando o ônibus, naquele horário esdrúxulo que vocês conhecem, em uma avenida de 3 pistas aqui de Porto Alegre. Vi um cão atravessando a rua e até aí tudo bem. Ele atravessou com toda calma do mundo. Eu olhei para os lados para ver se não havia carro nenhum vindo naquela direção. Vi que não havia perigo algum para o animal, mas aquele pensamento do tipo "com essa preguiça toda é bom ele se cuidar pra atravessar a rua" apareceu na minha mente.

É interessante que continuei ali parado. Esperando o ônibus. Não que eu tivesse algo pra fazer. Contudo, eu estou sempre me cuidando nessa hora, olhando para os lados. Rapidamente a atenção que havia dado ao cão já era voltada pra cuidar de eu mesmo. De repente, olhei para um carro verde escuro vindo bastante rápido e, instintivamente, procurei pelo cão. Ele estava atravessando naquele momento. Eu vi o que ía acontecer. Minhas pernas se retesaram, e eu cheguei a emitir algum som, um grunhido. Estiquei o mão em direção a ele como se eu pudesse tirá-lo daquela situação. Era tarde já. O carro chegou a frear um pouco, praticamente encostando no animal, que ganiu. Logo depois ele acelerou, jogou o bicho uns 3 metros pra frente, e passou por cima.

Estranhamente, levei minhas mãos até a cabeça e deixei que elas alcançassem minha nuca. Apertei minha nuca forte com ambas as mãos e fechei os olhos com força. Uma moça do meu lado gritou e, começou a chorar. Outros dois srs. apenas lamentaram. Eu fiquei mudo. Senti uma dor forte na boca do estômago. Me lembrei de um atropelamento de uma mulher que vi em frente ao hospital, em um dia em que eu trabalhava em um vestibular. A boca do meu estômago pareceu dar um nó por um momento. Eu olhava para aquelas 3 pessoas junto comigo na parada. Apesar das diferentes reações havia um consenso quanto a situação: impotência. Nada podíamos ter feito, sem que arriscássemos nossas vidas.

Vi que o ônibus vinha chegando. Subi e agora estou aqui. Escrevendo. Não é todo dia que eu vejo "ao vivo" isso. É preciso estômago. Eu sei, foi um cachorro vira-lata e pulguento. Mas eu conheço pelo menos uma dúzia de pessoas que talvez merecessem esse fim mais do que o cachorro. Eu não acredito em acaso. Se o cachorro serviu de lição para qualquer um de nós ali, inclusive o motorista, espero que tenha valido a pena. Não sei o que se pode tirar daí, se é que é possível tirar alguma coisa de algo tão brutal quanto isso.

Me impressionou muito a falta de ação de todos ali. Minha ausência. A ausência do motorista que podia ter parado, pois nenhum carro vinha atrás dele. A ausência de vida do cão. A ausência da rotina. A ausência da raiva. Enfim, a ausência.

Estou finalizando a continuação do conto. Bem devagar. Eu volto.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Pés esquerdos

Tem dias que você acorda com o pé esquerdo. Esse é um deles. Aliás, o fim de semana foi todo assim. Cheio de pés esquerdos.

Simplesmente alguns dias não foram feitos para a gente fazer qualquer coisa. Admita, isso é um fato da vida: têm dias que por mais que você tente, nada, nada mesmo, dá certo.

São aqueles dias que você suja a sua roupa de comida, seu computador pifa por motivo algum, o carro joga água da poça em você, você se queima com o café, alguém do seu lado simplesmente não para um minuto de falar... Por aí vai.

Com certeza, alguém dirá que estamos sujeitos a esse tipo de coisa todo o dia. Eu sei, tem razão. Mas, alguém já viu "Um Dia de Fúria"? Bom, esse é o meu dia de fúria. Ainda bem que não lido com explosivos, armas nucleares... Essas coisas.

Vou ver se encontro algum buraco em que eu possa me esconder.

Pra não dizer que falei de flores, mando um link deverás interessante pra vocês:

ALADYGMA

Como vocês são nerds espertos biltres, safardanas do cacete, não vou dar dica alguma. Se virem.

Se encontrarem o Pernalonga digam que eu preciso de uma toca.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Hellboy II

Preciso falar mais alguma coisa? Ahn? AHN?

Esse vai ser o melhor filme nerd de 2008!

Novo trailer aqui manézão! Se liga que dá pra ver em uma resolução mais melhor de boa nos links para Quicktime.

SHAZAM!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Do pó ao pó

O ambiente obscuro e sinistro dessa casa me trazia lembranças. Memórias de um tempo a muito tempo esquecido. Uma pequena fração de mim se perde em devaneios, ficando esquecida junto ao pó das minhas recordações. Eu me deixo perder, calmo, tranqüilo. Enfim...
- Droga! Porra! Seu pedaço de merda! Acorda! Vai! ACORDA.

- O sangue não é forte o suficiente, Dorotya. Ele já era.

- Maldito! Maldito seja você!

Eu sinto ela chutar meu corpo. Eu estou no presente agora. Mas meu presente é somente o meu fim. Minha única chance talvez seja o começo. Sim... Eu lembro.

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- Lesalle! Menino bobo... Lesalle! Ele vai ver só...

Eu fico olhando Lily a empregada nos procurando. Damos risinhos baixos e fazemos “ssshhh” com o dedo em riste perpendicular a boca um para o outro. Eu e Mark adorávamos fazer isso o dia todo com Lily. O interessante é que Lily não era muito mais velha do que eu e Mark. Mas éramos muito novos ainda. Nessa época, era só brincar o tempo todo.

A casa enorme dos pais de Mark era em um estilo vitoriano clássico, escura, sombria. Seu número infindável de cômodos era uma terra que constantemente era explorada por nós. Vivíamos fantasiando sobre savanas, faroeste, lutas em dunas desérticas e, claro, brincávamos de esconder com Lily. A eletricidade e o uso de lâmpadas dentro da casa era uma extravagância para qualquer um naquela época. Algo realmente digno do status que a família Hagen ostentava. Eram as pessoas mais ricas, milionárias, que viviam em Paris. E meus pais adoravam que eu passasse a maior parte do tempo junto a eles, na casa de Mark. Não porque eu tinha um amigo. Mas porque eles eram ricos. Nessa época eu sequer imaginava o que o pai de Mark fazia. Tudo que me importava era me esconder de Lily.

- Vai Adi! Pra biblioteca, vai corre!

- Que que você vai fazer Mark?

- Vou gritar bem alto!

- Quê?

Mark respira fundo e grita: - Lily boboca, come casca de ferida!

- Mark! Ela vai nos matar agora! Corre! Corre!

Não sabia se corríamos mais ou se ríamos mais. Era um riso nervoso, misturado ao medo de ser capturado pelo inimigo feminino: Lily.

Contudo, entramos na biblioteca em silêncio para não atrair a atenção de Lily. Pé ante pé fomos entrando. Nesse instante nos deparamos com o Pai de Mark sentado na sua cadeira, de costas para nós. Na mesa ao lado da cadeira, um copo de uísque e um cachimbo. Eu fiz menção de ir olhar o cachimbo. Antes que eu pudesse me mexer, ouvi um forte estampido e de tão assustado, dei um grito. Um pedaço da cabeça do Pai de Mark acabou indo parar no rosto de Mark. Recebemos uma fina chuva de sangue no corpo. Alguns livros ficaram manchados para sempre. A Ilha do Tesouro é um deles. O tapete de um tom verde musgo passa a ser negro e pegajoso. Finalmente uma poça de sangue alcança nossos pés.

Lily entra na biblioteca e começa a gritar. Eu parecia não escutar mais nada. Num ato ainda mais estranho, Mark pega na minha mão e vamos até a parte da frente da cadeira. O corpo do pai de Mark jaz cortado, eviscerado. O que restou da cabeça estava pendurado como um toco de árvore velha, jazendo na poltrona. Nunca entendi o que Mark queria ver ali.

Ficamos ali parados não sei por quanto tempo. Não conseguimos dizer nada. Depois dali ficamos quase 1 mês sem dizer palavra qualquer. Os policiais não conseguiram explicar como alguém podia ter eviscerado a si próprio e ainda ter se matado.

Naquele dia, antes de sair da biblioteca, jurei ter visto olhos de fogo por trás da cortina. Uma presença horrenda estava lá dentro e só eu senti. Um cheiro forte de carne podre empesteava o ar. Eu tinha sido levado as portas do inferno pela primeira vez.

Continua...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Amor Nerd

Uma das coisas mais impressionantes é o Amor Nerd.

É aquela coisa do fanboy que sabe até as entrelinhas das coisas mais absurdas, como por exemplo, se um Balrog tem asas, quem foi Tom Bombadil, que o Cap. Kirk não foi o primeiro a comandar a nave Interprise, o que é uma Millenium Falcon e até quem atirou primeiro no tiroteio entre Han Solo ou Greebo. Se não sabem do que estou falando procurem na internet. Ou vocês talvez não sejam nerds... (nerds safados!).

Uma das mais interessantes ações amorosas é o que um sem número de fãs de Star Wars fez durante os últimos 3 anos criando histórias específicas e ricas em detalhes para personagens que muitas vezes aparecem menos de 3 segundos na tela. O resultado tá aqui ó. Muito legal.

Aliás algumas outras coisas legais:

1) Meu presente para o meu aniversário! Aguardo que alguma alma caridosa colabore...
By Bruno Accioly

2) Arte amalucada de Speed Racer em 3D (tem que ter Quicktime). Depois que carregar a imagem clica, segura o botão do mouse, e move horizontalmente. Aliás, será que eu vi um daqueles arbustos de faroeste e um barulho de grilos a respeito desse filme?

Han shot first!