sábado, 8 de março de 2008

Meu final do Conto "A Kombi"

Bom, o conto (sem o final) pode ser lido aqui.

O meu final... finalmente :)

(...)
As gurias começaram a gritar e meu amigo puxou meu sogro antes de entrar, perguntando se ele tinha uma arma. As mulheres fechavam janelas e portas. Ao chegar na porta entrei correndo e olhei para rua. Há uns 4 metros da porta estava o pequeno ET, correndo em direção a casa, segurando alguma coisa na mão. Mais afastado estava o maior correndo também em direção à casa. Tudo que nos separava deles agora era a porta.

É impressionante como um ato pode mudar uma vida. Confesso que fiquei alguns segundos divido entre bater a porta na cara daquilo ou deixá-lo entrar e abrigá-lo. Pensamentos de todos os tipos invadiam minha cabeça. Religião. Moral. Tudo rápido demais...

Foi então que, no meu devaneio... Deixei ele entrar.

Fechei a porta enquanto o ser se atirava no chão da sala. Ele parecia uma criança acuada. Ele se esgueirou até o canto do sala. Sua respiração parecia difícil. Meu sogro ficou com a arma em punho. Mas ele tremia muito.

Esperávamos alguma reação. Agora eu podia ver que aquilo era realmente uma espécie de capacete. Era difícil ver seus olhos... Mas uma vez mais minha fascinação havia sido quebrada por estranhos sons do lado de fora da casa... Zunidos... Como se um enxame viesse na nossa direção.

De repente, a madeira estalou... Estranhamente pedi para que o restante do pessoal saísse dali. Instintivamente levei os braços ao rosto para protegê-lo e fechei meus olhos. Não houve nenhum tipo de deslocamento de ar... Apenas as paredes de madeira arrebentaram.

Senti uma dor aguda percorrer o meu corpo, mas eu estava vivo. Baixei os braços e criei coragem para abrir os olhos. O pequeno visitante parecia mal, com seu traje rasgado... Seja lá o que aconteceu do lado de fora, a arma usada pareceu acertar em cheio o visitante. No meu corpo, finos estilhaços de madeira tinham penetrado meus braços e pernas.

O buraco na parede da casa de madeira permitiu que eu visse o que ocorria do lado de fora. Humanóides vestidos com uma roupa preta estavam no pátio. O objeto voador parecia pousado. Eles deviam ser os tripulantes da nave. Eles não usavam capacete. Eles tinham a pele rosa, cabeça afinada e queixos pontudos, lembrando os cavanhaques dos faraós egípcios. Seus olhos eram um pouco maiores que os nossos. Não pareciam ter nariz. Possuíam pupilas mas todos tinham as cores do olhos iguais: um roxo muito forte. Eles apontavam armas na nossa direção.

Dois deles foram direto ao pequeno ET de roupa cinza. Percebi que eles abriam e fechavam a boca e pareciam dizer algo. Eu não escutava nada. Olhei em volta e vi que as gurias pareciam em choque, chorando e apontando para mim. Elas pareciam berrar, mas eu não ouvia som algum.

Um dos seres de roupa preta, parou, me olhou e mexeu a boca. Ele parecia ter uma cicatriz no rosto bem entre os olhos. Ele levou a arma para trás da cabeça. Ele ergueu uma das mãos, mas eu não entendia o que acontecia. Com medo, fui me afastando devagar... Dando pequenos passos para trás... Então, senti algo pontiagudo nas minhas costas, na altura do rins. Parecia afiado. O ET maior com roupa cinza, estava atrás de mim. Ele botou o braço em volta do meu pescoço. Parece que eu tinha virado um refém. Os de roupa preta pegaram nas armas e apontaram na minha direção.

Felizmente o ET com a cicatriz pareceu evitar que eles disparassem. Aos poucos o meu captor foi me levando para fora. Ele me levou até o lado de fora. Afastou um pouco o braço. De repente, senti uma dor uma forte nas costas. Ele tinha me esfaqueado... Caí de joelhos, e olhei para trás. Ele fugia em direção ao objeto voador. Então, do nada, vejo o ET que me esfaqueou sendo arremessado contra a casa. Na direção contrária a que ele fugia uma luz aparecia. A luz era da Kombi que agora espatifava o corpo do ser contra o que tinha sobrado daquele lado da casa.

Dentro da Kombi vi meu amigo... Boca aberta, olhos esbugalhados... Aparentemente com muita raiva. De alguma forma ele tinha conseguido sair de casa e pegar sua amada Kombi.

O que lembro depois é muito pouco. Sei mais o que me contaram. Depois do atropelamento extraterrestre com a Kombi salvadora, eu desmaiei. Minha namorada e meu amigo contaram que o seres de preto eram uma espécie de polícia e que aqueles outros dois eram fugitivos. Os ETs de preto falavam português e eram responsáveis por aquele setor. Disseram que há muito já vigiavam essas terras e que tinha aprendido nossa língua. Meu amigo quase não se continha rindo... Ele repetia pra mim: eram ETs de Puuurtugal!

Ah, evidentemente voltei a ouvir. Fui tratado pelos próprios ETs. Eles tinha uma medicina aparentemente mais avançada e me curaram em questão de meia hora. Eles disseram que isso provavelmente nunca mais iria acontecer. Eles deixaram uma espécie de sinalizador eletrônico. Caso um dia precisássemos. Vai entender...

Naquele dia acordei meio grogue na cama da minha sogra, mas pelo menos estava inteiro de novo. Não sei se metade do que os seres disseram era verdade. Não faço idéia nessa história quem era bom e quem era mau. Não sei que tipo de crime os fugitivos teriam cometido. Não sei o que o pequeno ET trazia na mão. Não sei que tipo de coisa furou minhas costas. Não sei de que planeta vieram. Mas, certamente este acontecimento tinha mudado minha vida para sempre: agora, eu também era um fã de Kombi.

5 comentários:

  1. Farei uma camapnha: Faça o final que eu votei!!
    Essa de final com historinha bonitinha, que tudo dá certo no final... não tá com nada!
    =P
    hahahaha
    bjocas

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  2. UHuhauhuhaauh, final legal whalie, mas ainda sou mais o meu...
    Continua escrevendo, ainda to vendo o qual premio vou pega...
    Abraços
    Assamita

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  3. Bah, sinceramente achei o final uma droga. Mas tudo bem, não se pode agradar a todos. Aguardo contos futuros.

    Ass. Elderheymn

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  4. Debaixo pra cima:

    Elder- se tu curtisse eu ía ficar preocupado... :P

    Assamita- narcisista! :)

    Nana- Tudo bem... Escreve um final da próxima vez...

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  5. "escreve um da próxima vez..."
    puuuf.
    Não quero escrever, quero ler! (e, de preferência, aquele que eu votei e que era o maaaaaaais divertido).
    Seu cricri!
    =)

    bjocas

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