Pois é... Eu não poderia escolher melhor momento para retornar aos escritos bloguísticos. O retorno acontece na abertura da Semana Batman. Afinal, que presente seria melhor do que esse? :P
Abro a Semana Batman no blog falando não do vindouro BTDK (Batman, The Dark Knight), que estréia dia 18 de julho (YAY!), mas de Batman Begins. Apesar de possuir o DVD duplo, ontem assisti a versão dublada no SBT. Masoquismo? Não. Só preguiça mesmo. E fiquei surpreso com a qualidade da dublagem. Como não existem personagens tão histriônicos, tais como o Coringa, a dublagem não prejudica tanto. Até a dublagem do Espantalho, vivido por Cylian Murphy, está bem caracterizado na voz brasileira.
Batman Begins é uma das adpatações mais adequadas de um filme de herói. Ela é calcada em possibilidaddes reais de um homem tornando-se um vigilante. Mas o mais interessante é a forma como o diretor Chris Nolan consegue transpor a forte história de vingança de um dos mais sombrios e pertubados heróis para as telas de cinema.
No filme é possível perceber o crescimento de Batman / Bruce Wayne de modo gradativo. A presença de Alfred, brilhantemente interpretado por Michael Caine, revela alguém mais que um mero tutor ou simples mordomo. Ele é alguém que tomou para si a responsabilidade de criar o filho do homem que admirou e serviu (nesta ordem) durante tanto tempo.
Durante o filme, vemos um Batman claramente se adaptando, cometendo erros, sendo um tanto impulsivo. Aos mais desavisados, este é o Batman da HQ Batman Ano Um, que mostra exatamente o começo do morcego em Gotham.
Finalmente, Nolan mostra que o Batman não consegue fazer tudo sozinho e precisa de aliados. O ainda Sargento Gordon (Gary Oldman) em atuação primorosa deixa bem claro que aceita o que o Batman faz, porque ele mesmo já não acredita mais no sistema. E Ra's Al Ghul? Ele morreu mesmo? Hehehehe.
A cena final esclarece ainda mais. O Tenente Gordon e o Batman começam a sua parceiria. O batsinal já está pronto. No telhado Gordon deixa claro que apesar de Batman ter derrotado um poderoso inimigo, os vilões não vão desistir tão fácil. E a escalada de violência e poder só vai aumentar "ainda mais com você pulando de telhado em telhado... Este outro aqui também adora uma teatricalidade... Deixou um cartão de visitas...". E eis que o cartão é nada mais que o sinal verde de BTDK. O Coringa chegou.
Nolan revela claramente, na pele do homem comum e honesto retratado por Gordon, que o Batman é um mal necessário a Gotham City. Alguém que tem a coragem de se erguer e dizer chega. Ou seria uma benção? Maldição? Quantos malucos e psicopatas ele ajudará a criar? Será que o que realmente o move é a vontade de fazer justiça ou vingar a morte dos pais? Afinal, quem ele sempre foi: Batman ou Bruce Wayne? A máscara certamente é a do homem e a realidade é o morcego. Mesmo assim, essas são as perguntas que ficam para serem respondidas em BTDK.
Assim está muito bem amarrada a história do novo Batman cinematográfico, deixando o terreno perfeitamente preparado para BTDK. Evidentemente, que o grau de exigência desta continuação cresceu. E cresceu muito. Batmaníacos de todo mundo aprovaram a campanha viral na internet, com proporções mundiais antes nunca vistas. E este é o problema de fazer algo tão bem acabado como o primeiro filme. Este deverá ser (TEM QUE SER) o Império Contra-Ataca de Nolan. Pelo menos é o que todos nós esperamos. E isso serve para mostrar que nem todo filme de heróis é só "massa véi". As respostas deverão chegar logo... Na estréia mundial de Batman o Cavaleiro das Trevas, dia 18/07.